quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um leão criado em Chelsea

História do felino Christian contada pelo dono, John Rendall.
Em 1969, dois australianos a viver em Londres compraram um leão bebé. A história tornou-se tão famosa que chegou ao YouTube.

(Jornal Metro 27 de Outubro de 2009)

“Parece mentira e eu próprio lamento imenso, mas já passaram 40 anos”, diz-nos do outro lado da linha John Rendall, um australiano que, em 1969, comprou, com o seu amigo Anthony Burke, um pequeno leão nos armazéns Harrod’s, em Londres. “Foi como ir hoje ao El Corte Inglés e ver lá um elefante à venda! Sentimo-nos como um peluche com vida”, descreve ao metro Rendall, que levou o pequeno leão Christian para a loja onde trabalhava em King’s Road, “num período de grandes tentações de grande criatividade.
Era o sítio mais espectacular do Mundo para se estar.”

Mascote: Rendall esteve em Lisboa para falar do livro “Um leão chamado Christian”. Possivelmente já terá visto no YouTube o vídeo do leão que esteve afastado dos donos um ano e, quando os reencontrou, saltou-lhes para o colo. Há 40 anos, não era estranho ver um leão a passear-se em Chelsea. “Os vizinhos gostavam muito dele. As crianças podiam ir brincar
com ele para a loja e tudo e tornou-se como uma espécie de mascote”, lembra John
Rendall. “As pessoas hoje iriam achar algo inaceitável.” O dono do pequeno leão orgulha- se de nunca ter tido um único acidente no ano que passou com Christian em Londres. “Nunca atacou ninguém porque nós tínhamos muito cuidado. Mas havia pessoas que queriam que o emprestássemos. Quando ele tinha 15 quilos, as pessoas não tinham medo. Quando passou a ter 80, deixaram de entrar na loja...”, lembra.

Partida e reencontro: Foi nessa altura que John e Anthony perceberam “que Christian precisava de mais espaço”. Houve a oportunidade de enviar o pequeno Christian para o Quénia, para um centro de recuperação de leões. Os donos só o viram um ano depois. “Não estávamos
em perigo. E se repararem, ele não vem ter connosco em modo de ataque. Começou a correr só quando o chamámos. Foi um momento extraordinário!”





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