segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

SOCIEDADE
30% dos sem-abrigo têm entre 25 e 34 anos

Um em cada três sem-abrigo de Lisboa tem entre 25 e 34 anos. A grande maioria é do sexo masculino (76%), de nacionalidade portuguesa (64%) e não consome drogas (só 20% são toxicodependentes). Os dados constam de um estudo sobre a população de rua da capital - realizado pela câmara municipal em 2004 - e deixam perceber que existem pelo menos 930 sem-abrigo nas ruas de Lisboa.
O número real de pessoas sem tecto no País não é conhecido. O Instituto da Segurança Social está já, no entanto, a fazer o primeiro levantamento a nível nacional. Os resultados deste estudo deverão ser conhecidos no primeiro trimeste de 2006. O trabalho de caracterização dos sem-abrigo em Portugal está neste momento a ser feito através de "entrevistas aprofundadas a alguns sem-abrigo e de inquéritos por questionário", segundo nota do Instituto da Segurança Social.
Já o estudo da Câmara Municipal de Lisboa teve como campo de análise 53 freguesias da cidade. A que apresentou um maior número de indivíduos a dormir na rua foi a freguesia de Santo Condestável (15%), seguida de Santa Engrácia. Campolide e Castelo são as zonas da cidade com menos sem-abrigo.
Do total dos indivíduos contactados pelas equipas de rua da câmara - responsáveis pela recolha da informação -, a maioria tem idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos. De acordo com o documento, em ambas as categorias - nacionalidade portuguesa e estrangeira - o intervalo predominante é o dos 25-34 anos.
Do total dos sem-abrigo imigrantes em Lisboa, a grande maioria é proveniente da Ucrânia. Roménia, Angola e Cabo Verde vêm logo abaixo na lista de países de origem dos sem-abrigo nas ruas de Lisboa, que albergam ainda alemães, brasileiros, guineenses, moldavos e russos - ainda que em menor número.
problemáticas. A maioria dos sem-abrigo da capital não são toxicodependentes. No entanto, o consumo de droga é a problemática que mais se associa a esta situação. O alcoolismo vem logo depois, seguido da imigração ilegal.
A definição de uma estratégia de apoio a esta população é um dos objectivos do levantamento dos dados do País. O recenseamento, o levantamento das instituições que prestam apoio nesta área e respectivas metodologias de intervenção e o apuramento das trajectórias de vida destes indivíduos fazem parte do projecto do Instituto de Segurança Social para caracterização dos sem-abrigo em Portugal.
"Compreender a situação desta população ao nível da identificação das causas, no sentido de se adaptarem políticas, dando-se destaque à trajectória profissional e habitacional dos sem-abrigo, e suas representações e expectativas face ao emprego e ao habitat." Este é, segundo o Instituto da Segurança Social, o principal objectivo do estudo que quer divulgar o número de pessoas a viver nas ruas já no início do ano.


Segundo um artigo publicado pelo Diario de Noticias. Nestas freguesias deveriamos promover um maior apoio distribuindo alimentos e mantas! Ajudem-nos! Carlota e Marta

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